Nise da Silveira, (1905 – 1999), nascida em Maceió/AL, graduou-se na Faculdade de Medicina  da Bahia em 1920, se casou com o médico sanitarista Mário Magalhães da Silveira (1905-1986), que se mudou para o Rio de Janeiro em 1927,  foi uma psiquiatra brasileira, que deixou sua marca na história usando terapia com artes, ao invés das técnicas utilizadas na época, revolucionando a visão sobre a forma de tratar os pacientes com distúrbios mentais, utilizando um tratamento mais condizente à liberdade e consideração àos pacientes.

Na época de 1930, no início de sua carreira, foi considerada comunista e tornou-se prisioneira.  Na prisão conheceu o escritor Graciliano Ramos (1892 – 1953), que se inspirou nessa vivência para escrever o livro Memórias do Cárcere.

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), incentivou Nise a realizar uma exposição das obras de seus pacientes em um congresso internacional que aconteceu em Zurique, na Suíça, em 1957. Nise estuda no Instituto Junguiano, por um ano a convite do próprio psquiatra que ficou encantado com o material produzido pelos pacientes de Nise.

Ela baseou o seu trabalho com a utilização das artes, somada a criatividade dos pacientes, e também permitiu a presença de animais, considerando  despertar a sensibilidade e sociabilização entre os pacientes, recuperando-os.  No Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, localizado no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, ela foi responsável pela seção de terapia ocupacional, e substituiu um local utilizado para os pacientes trabalharem com limpeza pelos ateliês de pintura e modelagem.  Ela percebia como cada paciente conseguiria expressar melhor suas emoçoes, dores e assim, se comunicar com o mundo externo de si mesmo.

Consciente dos maus-tratos recebidos pelos pacientes das instituições psiquiátricas, ela fundou a Casa das Palmeiras, em 1956, local onde ela recebia ex-internos dessas instituições, com o objetivo de recuperá-los para que passassem pela transição da internação até a reintegração social.

Entre os artistas destacados estão Emygdio de Barros, Octávio Inácio, Adelina Gomes e Carlos Pertuis.  O acervo conta com mais de 350 mil obras produzidas por estes artistas.

Reabertura Museu Inconsciente

No Instagram, você tem a própria Nise da Silveira, falando da sua visão sobre o trabalho efetuado.  É tocante.

Que tal visitar este local, tão rico de vida e de história?

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